Administração Esportiva: um filão mal explorado

ENQUANTO ESTADOS UNIDOS E EUROPA ENXERGAM A GESTÃO ESPORTIVA DE FORMA PROFISSIONAL, O BRASIL AINDA LUTA PARA VENCER O AMADORISMO E AVANÇAR NESSE MERCADO REPLETO DE OPORTUNIDADES

O setor esportivo brasileiro movimenta 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, cerca de R$ 31 milhões por ano. O dado é da Arena Sport, assessoria em marketing esportivo. No entanto, os dados já estão defasados, uma vez que a pesquisa da Arena data de 2002. A dificuldade de quantificar o setor no Brasil é grande, afinal, não existem pesquisas abrangentes sobre o mercado esportivo em todas as suas esferas. O Ministério do Esporte, por exemplo, mapeia a prática esportiva dos brasileiros. Mas descobrir quantos clubes, grêmios, federações e confederações existem no país é quase impossível.
Foto retirado do google earth

Quando o assunto é futebol, esporte mais difundido no país e, por consequência, com maior disponibilidade de dados, as coisas ficam um pouco mais fáceis. A Federação Nacional dos Clubes do Brasil (Fenaclubes) acabou de publicar os resultados do censo de clubes formais e não formais no Brasil. A Fenaclubes contabilizou a existência de 11 mil clubes de futebol no país, sendo que o Estado de São Paulo é o que mais tem times: 2.204. Para chegar a esse número, a Federação levou em conta os clubes que têm CNPJ ativos e sedes funcionais.
De acordo com João Henrique Areias, professor e consultor esportivo, o mercado do esporte é um dos que mais apresentam oportunidades. “Isso ocorre porque é um mercado que está mudando, por isso, a possibilidade de tantas oportunidades. Quem começar agora a aprender algo sobre essa indústria vai sair na frente”, avalia.
O Adm. Nelson Pratti, coordenador do Grupo de Excelência em Administração Esportiva do Conselho Regional de Administração de São Paulo, explica que o campo de atuação dos Administradores esportivos não se resume aos clubes de futebol. Clubes sociais e esportivos, federações, associações, ligas, complexos esportivos, secretarias e órgãos governamentais, empresas patrocinadoras e de marketing esportivo, sem falar nas consultorias e o setor acadêmico. O leque de oportunidades é grande, mas exige formação específica e algum jogo de cintura dos interessados. É um mercado fechado e fazer parte dele não é tão simples.

Comentários