Eu tenho certeza de que a junção do Campeonato Paulista e do Super 12 é um péssimo caminho para o rugby nacional.
Em primeiro lugar, é evidente o desequilíbrio das equipes em São Paulo, e isso não traz benefícios para os clubes menores, que são constantemente derrotados e não conseguem evoluir.
Jogar apenas uma vez por mês, ou seguir o calendário exdrúxulo do Super 12, não é motivador para os grandes clubes nem para os patrocinadores, e a ausência dos principais atletas de cada clube, se não houver um elenco forte, pode comprometer a sustentabilidade do time.
Misturar rugby de 7's com rugby de XV é preocupante para quem prepara os atletas fisicamente, tática e mentalmente para uma temporada inteira. Até o futebol de várzea é mais organizado do que o rugby, porque exige um mínimo de responsabilidades dos clubes, atletas, árbitros e outros envolvidos.
Um calendário bem feito até outubro do ano que antecede e priorize os grandes torneios de clubes e seleções sem prejuizo mútuo.
Dentro de campo, há pouca ou nenhuma padronização em relação ao campo, marcação, local de jogo, traves e arbitragem (sem mencionar a qualidade da arbitragem em si). Além disso, não há a presença de um quarto árbitro ou um delegado para garantir que os requisitos sejam cumpridos. Precisamos parar de falar sobre princípios, amadorismo e outras coisas semelhantes, e nos concentrar na responsabilidade individual. Até mesmo os voluntários devem ter responsabilidade, como enfatizou Viviane Senna.
A divulgação nas mídias e nos sites primários é errada e mal elaborada, e a arbitragem precisa ser informada com pelo menos 48 horas de antecedência para que a divulgação possa ser feita.
Temos dois produtos completamente desperdiçados pelo plano esportivo e comercial, e a lista de problemas é longa, mas as pessoas não querem ouvir ou tentar fazer nada a respeito. O presidente pode ser habilidoso na gestão política e estrutural, mas os gestores executivos são muito fracos.
Precisamos conversar uns com os outros e ouvir com atenção, mesmo que o assunto não seja atraente. Não podemos desanimar e precisamos lutar pelo que é necessário, não atacando as pessoas, mas sim o método.
"Ou mudamos as cabeças que estão à frente ou as cabeças devem ser trocadas já."
Comentários
Postar um comentário