Ontem, o Brasil conquistou o título de campeão Sul-americano - 4ª nações - no rugby XV, e gostaria de expressar meus sinceros parabéns por essa conquista notável. No entanto, ao refletir sobre o percurso até aqui, percebo que existem diversas lacunas que precisam ser abordadas para alcançarmos com sucesso nossos objetivos futuros.
É preocupante observar que nossos torneios internos não recebem a valorização e o reconhecimento merecidos. Nossa base esportiva encontra-se fragmentada e carente de investimento, enquanto um calendário mal estruturado e desigual é mantido para acomodar uma variedade de interesses, tanto esportivos quanto comerciais. Essa abordagem tem comprometido a visibilidade que por direito deveríamos usufruir. Além disso, a falta de colaboração é evidente, já que apenas um reduzido número de indivíduos se empenha verdadeiramente, e as decisões permanecem centralizadas.
Embora o esporte em questão seja fundamentado em valores, percebo que a clareza de propósitos tem sido prejudicada. O projeto centralizado, que atualmente parece beirar a exaustão, não tem conseguido proporcionar o estímulo necessário aos nossos atletas. Sabemos que é por meio de desafios que conseguimos evoluir, e essa carência tem impactado nosso crescimento. Adicionalmente, a ausência de dados públicos tem limitado a diversidade de análises disponíveis para compreendermos plenamente nossas falhas e pontos fracos.
É chegado o momento de repensarmos nossa abordagem. Devemos investir de maneira mais significativa em nossos torneios internos, unificar nossa base esportiva e desenvolver um calendário mais equilibrado e justo, que leve em consideração tanto as metas esportivas quanto os aspectos comerciais. Uma descentralização das decisões poderia permitir uma colaboração mais ampla e construtiva.
Alicerçado em nossos valores, devemos estabelecer propósitos claros e visíveis, que inspirem nossa comunidade esportiva. O atual modelo centralizado precisa ser revitalizado para revitalizar nossos atletas com desafios constantes e significativos, fomentando, assim, nosso crescimento contínuo.
Finalmente, ao compartilhar informações de maneira mais aberta, estaremos habilitados a realizar análises diversificadas que nos ajudarão a compreender e enfrentar nossas fraquezas de forma mais eficaz. Somente através de uma abordagem aberta e colaborativa poderemos garantir um futuro promissor para o rugby XV em nosso país.
E sua opinião, qual é? Ou você não tem opinião?
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