Usar o futebol como utopia de acertos financeiros pode ser loucura mas temos sim que ter sonhos e vontade de atingir algo futuro. Mas pessoalmente vejo os esportes como negócios, divertimento e cultura nos Estados Unidos, Inglaterra e Espanha, por exemplo.
Um
exemplo grande, foi o acerto de um gigante do futebol brasileiro com o grupo
financeiro, foi a boa nova do começo de março de 2019. Nem tanto pelo acerto em
si, mas por mostrar uma nova realidade dentro do mercado brasileiro: o
patrocínio no futebol, por exemplo, parece que finalmente está deixando de se
restringir à exposição de marca na camisa.
Curiosamente,
quem está fazendo o mercado se mexer nesse sentido é o segmento financeiro.
Esse
acordo foi parecido com outros grandes do futebol e todos esses contratos
representam uma grande evolução.
Afinal, eles
pressupõem que clube e empresa trabalhem no engajamento dos torcedores para
conseguir aumentar a receita do patrocínio.
É o melhor dos
mundos. A parceria prevê uma verba fixa e outra variável conforme as duas
partes trabalharem para gerar essa receita. Esse é que passa a ser o ponto
central para o negócio dar certo.
Com mais de um
ano de parceria, alguns desses contratos não conseguiram fazer decolar o
projeto de banco em conjunto. Não tanto pela falta de esforço da empresa, mas
talvez pelo clube, que tem concentrado esforços em várias áreas, mas não tem
atendimento dedicado ao seu maior parceiro para fazer o negócio crescer.
Isso
só será possível se houver alguém dentro do clube empenhado em falar com o
torcedor, mas atendendo à necessidade da empresa patrocinadora. Não é nada de
outro mundo o trabalho a ser feito, mas é algo que não é corriqueiro no
universo do patrocínio esportivo brasileiro. Geralmente existe um esforço em
fazer o negócio acontecer. Depois, pouco se trabalha para mantê-lo.
Na apresentação
da parceria, o clube fez questão de dizer que pode vir a ter o maior patrocínio
do país e que isso só depende do torcedor. Balela. O clube precisa trabalhar
para converter o seu torcedor em cliente de uma instituição bancária. Não basta
a boa vontade e o amor da torcida. É preciso o trabalho constante do clube.
É
por isso que, apesar das boas novas que sopram no mercado ano passado, ainda
temos de olhar de forma relutante para o sucesso desse novo modelo que começou
a ser adotado a fórceps no futebol, por exemplo. O clube precisa entender que o
patrocinador é um cliente dele e trabalhar por ele também. Do contrário, o
patrocínio continuará a ser o que sempre foi. Mera exposição na camisa, em vez
de uma boa relação comercial.
O rugby está
muito longe disto mas tem que começar a repensar sobre formas de financiamento
de seu clube e a exposição de suas marcas.
Para isso os
clubes devem repensar as atuais formas de exposição para público e seus
torcedores, as marcas que os acompanham.
Comentários
Postar um comentário